A ANFIP contestou na Justiça na terça-feira (23) o abusivo reajuste de 37,55% anunciado nas mensalidades da Geap Autogestão em Saúde, com validade a partir de fevereiro. A Associação propôs ação civil pública com pedido de tutela antecipada, para que seja suspenso o reajuste formalizado por meio da Resolução/Geap/Conad nº 99/2015, visando a uma nova discussão sobre um índice que seja adequado à realidade de uma entidade de autogestão. A ação foi apresentada à Justiça Federal do Distrito Federal.
O percentual foi aprovado pelo Conselho de Administração da Geap em 17 de novembro de 2015, para os planos GEAP-Referência, GEAPEssencial, GEAPClássico, GEAPSaúde, GEAPSaúde II e GEAPFamília.
No dia 17 de fevereiro, o vice-presidente de Política de Classe da ANFIP, Floriano Martins de Sá Neto, e o conselheiro titular de Administração da Geap Saúde, Luiz Carlos Corrêa Braga, associado da Entidade, participaram em Brasília de manifestação pública contra o reajuste abusivo e contra a ingerência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nas empresas de autogestão. “A ANS trata as empresas de autogestão como os planos de saúde. A diferença é que os planos visam lucro, diferentemente da autogestão”, explicou Braga.
A ANFIP, junto com Anasps, Anpprev, Fenadados e CNTSS, lançou em novembro de 2015 uma nota de repúdio ao percentual de aumento, denunciando que os servidores públicos federais já sofrem com a defasagem salarial agravada pela imposição de reajustes muito aquém das perdas acumuladas, e adiados em prol do ajuste fiscal, e que o aumento aprovado contribui mais ainda para a precarização das condições da classe.