Brasileiros que utilizam os planos de saúde percebem que está cada vez mais difícil marcar uma consulta em pouco tempo, ou até mesmo realizar procedimentos que precisam passar pelo crivo das operadoras.

Hoje, um dos principais fatores de pressão sobre o custo dessas operadoras é expresso pela taxa de sinistralidade do setor, que é a relação entre quanto as pessoas usam os planos e quanto pagam pelo serviço.

Números da Agência Nacional de Saúde Suplementar mostram que esse índice está perto dos 90%. Quanto mais próximo de 100%, pior é o resultado para as empresas. Além disso, com o cenário econômico adverso, novos beneficiários estão entrando em contratos com mensalidades menores que as dos planos já em vigor.

Especialistas no setor atribuem o cenário a fatores como inflação médica, flexibilização do rol de procedimentos com cobertura obrigatória dos planos e a chegada de medicamentos de alto custo.

Na tentativa de equilibrar as contas, os planos têm comprimido as redes credenciadas, esticado o quanto podem tanto os reembolsos como o tempo de atendimento e, em alguns casos, têm cancelado contratos de adesão coletiva.

Afinal, como contornar os problemas com os planos de saúde, sem que o cliente seja atingido? A saída seria melhorar os serviços prestados pelo SUS? No ‘Estadão Notícias’ de hoje, vamos conversar sobre o assunto com Vera Valente, presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde).